[RP FECHADA] Unwanted encounter

"Você deve se casar com ele." Foi o que o seu pai disse durante o último jantar que tiveram juntos. Já fazia um tempo que Hani e seu pai haviam jantado juntos, e a mulher havia ficado feliz com o convite do pai. Mas não sabia que a reunião seria para lhe impor um casamento. Kim Ha Ni nunca havia visto o homem que seu pai praticamente exigiu com com quem ela se casasse e isso a deixava ainda mais furiosa. Sabia que se negasse o pedido do presidente era capaz de ser deserdada do testamento dele mesmo sendo sua única filha, mas sentia-se injustiçada a ter que aderir a um método arcaico de casamento.

Como lhe fora ordenado, aceitou o convite para um encontro com o tal Kang Seung Ho. Ele era o segundo filho do presidente Kang Joo Ho - dono da maior empresa de engenharia e arquitetura de Seul. Tudo o que esperava é que o homem não fosse um riquinho esnobe que consegue tudo o que quer através do pai. Hani nunca teve nada de bandeja em suas mão. Perdeu a mãe quando tinha apenas 6 anos, e seu pai nunca demonstrou muito afeto pela menina. Sempre exigia algo em troca de tudo que ela tinha. De certa forma isso proporcionou que ela tivesse um bom caráter, mas ao mesmo tempo, se tornou tão exigente que a fez ser uma pessoa difícil de se lidar.

Kim Ha Ni acabou ganhando o título de coração de gelo, e que por isso, apesar de sua beleza devastadora, nunca havia conseguido um namorado duradouro. Ha Ni não se importava muito com os comentários, tudo que ela queria era bons resultados daqueles a sua volta. Administrar uma rede de hotéis não era uma tarefa fácil, o que a fez sempre colocar o trabalho a frente do amor. Apesar disso, não conseguia aprovar a ideia de um casamento arranjado. Sempre se recusou a participar desses encontros às cegas, mas dessa vez não houve espaço para rejeições. Seu pai havia estava decidido a casá-la com este homem, e tudo que lhe restava era que ou ele a rejeitasse ou por um milagre acha-lo suportável a ponto de conseguir chamá-lo de marido. 

Os saltos finos se fizeram ecoar pela escadaria que descia até a sala de estar. Hani vestia um belo vestido preto, assim como seus acessórios e sapatos. A senhora Ja Yeong, que era uma espécie de governanta da casa a olhava com admiração, mas ao mesmo tempo parecia discordar de algo.

- A senhorita está tão linda! Mas... Não acha um pouco de mais todo esse preto que está usando? Parece até que está indo a um velório. - Dizia enquanto franzia a testa analisando mais de perto a senhorita.

- E quem disse que não estou? Estou indo ao velório da minha liberdade que acaba de morrer. -Seu tom de voz era sarcástico e um pouco ácido. Claramente não estava contente com aquele encontro.

- Não diga isso senhorita. Seu pai só está pensando em seu futuro. Se ele não achar um bom homem para a senhorita quem irá? Já está quase com 30 anos e mal teve um namorado direito. Tenho certeza que seu pai só quer te ver casada antes de partir. - A mulher dizia com um tom de voz ameno como se quisesse consolar a mais nova.

- Meu futuro uma ova. - Resmungou baixinho para que a senhora não escutasse. - Tenho certeza que ele apenas que que haja um homem para me controlar quando ele se for. E também não é como se ele fosse morrer agora. Eu seria capaz de arranjar um marido quando bem quisesse. - Naquele momento parecia uma criança que havia sido castigada pelos pais tentando se justificar. - Bem, é melhor eu ir. Já estou atrasada. - Ela acena para a mais velha e deixa o ambiente.

Em frente a casa havia um belo Porsche estacionado e elegante homem de terno ao lado do carro. O homem sorri gentilmente para Ha Ni enquanto ela se aproxima dele. - Para onde vamos Kim Hani-ssi? - Ele perguntou gentilmente abrindo a porta de trás para que ela entrasse.

- Vamos ao restaurante ... - Ela entrou após o aceno de confirmação de seu motorista.

Depois de um tempo na estrada eles finalmente chegaram ao ponto de encontro. O caminho foi silencioso, apesar das tentativa de de Jeong -Min de puxar alguma conversa. Ele já trabalhava para a senhorita a três anos, e por isso podia dizer não tinha medo dela como alguns outros funcionários. Na verdade ela nunca o tratou mal e isso o fazia sentir que ela tinha um bom coração, apesar de sempre parecer muito distante de todos.

- Chegamos senhorita. - Ele informa. Ela parecia um pouco distraída.

Hani olha ao redor percebendo a bela faixada do restaurante. - Não precisa me esperar aqui. Eu te ligo assim que eu terminar por aqui. - Ela informa o rapaz que apenas acena como resposta. Em seguida ele sai do carro e vai até a porta do passageiro abrindo-a para que sua chefe pudesse sair. - Obrigada. - Ela diz por fim, seguindo em direção da entrada do estabelecimento.

- Boa noite, senhorita. Posso ajudá-la? - Perguntou a recepcionista ao ver a cliente olhando entre as mesas do lugar.

- Sim. Tenho uma reserva em nome de Kang Seung Ho.

- Oh, sim. O senhor Kang já está a sua espera. - A recepcionista saiu de detrás do balcão e acompanhou Kim Han Ni até a mesa. - Desejo um ótimo jantar. - Disse educadamente antes de deixá-los a sós.

Hani observou o homem que se levantava para cumprimentá-la. Não pode deixar de analisar seus modos e é claro o seu rosto. Realmente era um homem de boa aparência e estava elegante. Hani não deixou transparecer nem um tipo de emoção em seu rosto, o que dificultaria para o homem a sua frente saber o que ela estaria pensando ou qual foi sua impressão. Ao se sentar, o garçom foi até  a mesa e lhe ofereceu o menu, o qual ela recebeu e agradeceu.

- Kang Seung Ho-ssi, já fez o seu pedido? - Perguntou sem tirar os olhos do menu. -Vou querer esse daqui. - Informou ao garçom. - E o vinho... Bem, traga um que harmonize com nossos pratos, por favor. - Instruiu ao funcionário.

Em seguida pegou a taça servida com água que já estava na mesa e deu um gole demorado. Ela então finalmente pousou seus olhos no homem a sua frente o encarando brevemente, até que colocou a taça de volta na mesa e pôs-se a falar.

- Meu pai quer que nos casemos. - Disse sem rodeios. Seungho pareceu um pouco desnorteado com a franqueza da mulher. - Ele parece gostar da sua família, ouvi dizer que se conheciam. Mas preciso saber... que tipo de homem é você? - O interrogou de forma tão direta que deixou o homem sem palavras por um período de tempo.